sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Luana Michele Andrade

O Povo Brasileiro

• Darcy Ribeiro foi um antropólogo, escritor e político brasileiro que se preocupava com os índios e a educação do país. Foi um dos maiores intelectuais brasileiros do século xx. Darcy foi contundente, polêmico e revolucionário em sua incansável luta para construir um modelo justo para todos os cidadãos , através da educação.

• O livro O Povo Brasileiro é uma obra que aborda a historia da formação do povo brasileiro, procura explicar por que,e como, os brasileiros são o que são. Darcy Ribeiro apresenta a formação e o sentido do Brasil.



 A formação e o sentido do Brasil:

“[...] apesar de sobreviverem na fisionomia somática e no espírito dos brasileiros os signos de sua múltipla ancestralidade, não se diferenciaram em antagônicas minorias raciais, culturais ou regionais, vinculadas a lealdades étnicas próprias e disputantes de autonomia frente à nação.”
(Darcy Ribeiro Pag. 20)


“ A sociedade e a cultura brasileira são conformadas como variantes da versão lusitana da tradição civilizatória européia ocidental, diferenciadas por coloridos herdados dos índios americanos e dos negros africanos ”
( Pág. 20)


“ Cada núcleo tupi vivia em guerra permanente contra as demais tribos alojadas em sua área de expansão e ate mesmo contra seus vizinhos da mesma matriz culturas ”
( Fernandes 1952 - Pág.34)


“ Muitos outros povos indígenas tiveram papel na formação do povo brasileiro. Alguns deles como escravos preferências sua familiaridade com a tecnologia do paulistas antigos, como os Paresi . Outros como inimigos irreconciliáveis, imprestáveis para escravos por que seu sistema adaptativo contrastava demais como o dos povos Tupi ”
(Pág.35)


 O enfrentamento dos Mundos:


“ Os índios souberam que era por culpa sua, de sua iniqüidade, de seus pecados, que o bom deus do céu caíra sobre eles, como um cão selvagem, ameaçando lança-los para sempre nos infernos”.
(Pág. 43)

“ Paraos índios que ali estavam, nus na praia, o mundo era um luxo de se viver, tão rico de aves, de peixe, de raízes, de frutos, de flores, de sementes, que poderia dar as alefrias de caçar, de pescar, de plantar e colher a quanta gente aqui viesse ter ” ( Pág. 44)


“ Sem embargo mais ainda que as espadas e os arcabuzes, as granes armas da conquista, responsáveis principais pela depopulação o Brasil, formam as enfermidades desconhecidas dos índios com que os invasores os contaminaram ”
( Pág. 52)

“ Os jesuítas, porem arrependidos e seu papel inicial de aliciadores de índios para os colonos, inspirados na experiência dos seus companheiros paraguaios, quiseram pôr em prática, também no Brasil, um projeto utópico de reconstrução intencional na vida social dos índios destribalizados ”
( Pág. 54)

“ Os índios, vistos em principio como a boa gente bela, que recebeu dadivosa ser vistos como canibais, comedores de carne humana, totalmente detestáveis ”aos primeiros navegantes, passaram logo a
( Pág. 57)

 Moinhos de gastar gente:


“[...[ Exigência de um triste viver cotidiano e caseiro: teimosamente pelejaram contra a pobreza, e para repará-la não hesitaram em deslocar-se sobre espaços cada vez maiores, desafiando as insidias de um mundo ignorado e talvez inimigos. ”
( Sergio Buarque de Holanda - Pág.106)


“ Não foi tarefa nada fácil ao mameluco se fazer agente principal da historia brasileira. Enfrentaram, de um lado, a odiosidade jesuítica e a má vontade dos reinóis e do outro, todas dificuldades imensas de sua dura vida de sertanistas ”
( Domingo Jorge Velho - Pag. 110)

“Alguns grupos tribais, ainda conscritos a economia colonial, lograram manter certa autonomia na qualidade de aliados dos brancos para suas guerras contra outros índios”
(Pág. 112)

“[...] E se desprezássemos a primeira iniqüidade a que se sujeitou, isto é, sua introdução e submissão forcada, devíamos de considerar em grande parte os castigos que lhes impõem os seus senhores.”
( Davatz - Pág.119)

"[...] A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista."
( Darcy Ribeiro - Pag.120)

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